Construindo um mundo mais igualitário com as Surdolimpíadas

Por Sofia Wu

Por mais de dez dias, o clima olímpico das Olimpíadas de Tóquio 2020 esteve frequente nos lares dos brasileiros. A competição, que estava prevista, inicialmente, para acontecer ano passado, teve o seu início em 23 de julho e encerrou-se em 8 de agosto de 2021. Mas engana-se quem pensa que o espírito esportivo causado por esses estilos de disputas acaba por aí. Pois em algumas semanas, no dia 24 de agosto, começarão as Paralimpíadas de Tóquio 2020. E, para o próximo ano, ainda teremos as Surdolimpíadas, aqui no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul. E é sobre elas que falaremos hoje.

As Surdolimpíadas (Deaflympics) ou Olimpíadas para Surdos surgiram em Paris, França, em 1924. Mas com outro nome… ou melhor, outros nomes. Entre o período de 1924 a 1965, o primeiro evento esportivo para pessoas portadoras de necessidades especiais era conhecido como “Jogos Internacionais para Surdos” e/ou “Jogos Internacionais Silenciosos”. Após esse período, entre 1966 a 1999, receberam o nome de “Jogos Mundiais para Surdos” e/ou “Jogos Mundiais Silenciosos”. No entanto, “Surdolimpíadas” é a sua nomenclatura atual, sendo utilizada desde 2000.

Não diferindo das Olimpíadas e Paralimpíadas, as Surdolimpíadas ocorrem de quatro em quatro anos. Desta forma, ela aconteceria esse ano, no mês de dezembro. Contudo, por motivos de segurança, o segundo evento multidesportivo mais antigo do mundo foi adiado, conforme divulgado pelo Comitê Organizador da Surdolimpíada, para ser realizada entre 1º e 15 de maio do ano seguinte. A Universidade de Caxias do Sul, onde os jogos serão realizados, receberá, segundo a previsão, 4.500 surdoatletas e equipes provenientes de mais de 100 nações.

Estarão presentes 25 modalidades e, entre elas, esportes exclusivos das Surdolimpíadas. Como é o caso do caratê, wrestling, boliche e corrida de orientação. Além deles, permanecem atividades, entre elas, o atletismo, vôlei, vôlei de praia, futebol, handebol, ciclismo, judô e natação. Com relação a este último: Desde 1993, quando o Brasil enviou, pela primeira vez, atletas para a competição, em Sófia, na Bulgária, a natação brasileira é a modalidade mais presente no evento. Com exceção na edição de 2005, que ocorreu em Melbourne, na Austrália, quando acabou ficando de fora.

Para poder participar das Surdolimpíadas, o atleta deverá realizar uma audiometria. O exame é feito visando a comprovação de uma perda auditiva que seja acima de 55 decibéis nos dois ouvidos. Também, na competição, aparelhos auditivos, implantes cocleares, e outros tipos de dispositivos semelhantes não são permitidos para uso, objetivando promover a ideia de todos os participantes estarem em um mesmo nível.

Referências das informações

• Wikipédia, a enciclopédia livre. Surdolimpíadas. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Surdolimp%C3%ADadas. Acesso em: 06 ago. 2021.

• DE OLIVEIRA, Cristiane. Surdolimpíadas: fora do circuito olímpico, surdos disputam evento próprio. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-04/surdolimpiadas-fora-do-circuito-olimpico-surdos-disputam-evento-proprio. Acesso em: 06 ago. 2021.

• DESCONHECIDO, Guilherme. Você conhece a Surdolimpíadas? E sabia que em 2022 o evento acontece no Brasil? Disponível em: https://ensino.digital/blog/surdolimpiadas. Acesso em: 06 ago. 2021.

Surdolimpiadas 2021. Disponível em: https://www.surdolimpiadas2021.com.br/site/24th-summer-deaflympics/pt/. Acesso em: 06 ago. 2021.

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