Audiobooks ou “livros sonoros”?

Por Brunna Silva Os audiobooks estão cada vez mais ganhando espaço na sociedade em prol de uma leitura mais inclusiva, aumentando assim o número de leitores, apesar de ainda não terem atingido um público diverso economicamente. Não pretendem apenas dar acessibilidade a pessoas com deficiência visual, mas como também ao público analfabeto. Também conhecido como “livros sonoros”, os audiobooks servem como um recurso complementar à leitura em Braille. Para as pessoas que estão conhecendo agora o mundo dos audiobooks, certamente irão se deparar com mais de um termo de livro sonoro. Por exemplo: livros falados e os livros em DAISY. Os livros no formato DAISY necessitam de um tocador específico para apresentar a imagem, o som e o texto simultaneamente e, desta forma, facilitam a acessibilidade para pessoas com diversas limitações sensoriais. Enquanto os audiobooks possuem uma narrativa mais artística, dramatizada, incluindo emoções e efeitos sonoros, os livros falados são mais técnicos, digamos assim, por possuírem uma narração mais monótona e objetiva. Em alguns casos, os audiobooks acabam sendo mais eficazes do que a leitura em braille só pelo fato de não exigirem tanta atenção e silêncio de forma com que não atrapalhe na concentração e compreensão da leitura, mas ambos são de extrema importância para uma leitura mais inclusiva. Enquanto o braille é baseado em pontos e relevos, adaptando-se facilmente à leitura tátil, os audiobooks ajudam a gravar o conteúdo de forma mais rápida através da compreensão auditiva. Alguns aplicativos para ouvir audiobooks:
A leitura do futuro

Por Gabrielle Machado Já imaginou poder ouvir a voz dos seus personagens literários favoritos? Seu sotaque, a pronúncia correta dos seus nomes, até mesmo sua risada? Pois é, hoje em dia isso já é possível. Com atores, dublês, e até mesmo o próprio autor, os audiobooks são a nova sensação do momento e já estão revolucionando o mundo literário. Audiolivros, ou audiobooks, que tinham como premissa transformarem a literatura mais acessível, hoje em dia virou uma nova forma de conhecimento. Com o avanço da tecnologia, o que deveria facilitar a vida do ser humano fez, na verdade, com que coisas que antigamente eram comuns, como livros físicos, ficassem arcaicas, além do que chamam de “falta de tempo” fazer com que hobbies antes normais, como ler um livro, virasse coisa de desocupado. Esses impactos geracionais traz um conflito tanto educacional, quanto social sobre o que é literatura: ouvir o audiobook de Dom Casmurro tem o mesmo efeito do que ler Dom Casmurro? Seria essa uma forma perfeita de introduzir literatura clássica, ou estaria ela estragando o prazer de um clássico? Para alguns profissionais, um audiobook não seria nada mais, nada menos, que um contador de histórias, como lendas e mitos que são contadas no boca a boca. A premissa é a mesma, então, o resultado deveria ser igual. Não existem ainda dados que possam comprovar os efeitos dos audiobooks na educação, mas uma coisa é certa: para aqueles que amam histórias, ouvi-las traz uma experiência completamente nova. Com música e sons ambiente, os audiolivros têm ficado cada vez mais imersivos, fazendo com que a experiência de ler palavras em um papel seja só isso: palavras em um pedaço de papel. Pessoas com deficiência visual, TDAH, déficit de atenção, autismo, etc, estão, finalmente, tendo a mesma experiência de pessoas “normais”. Hoje em dia existem dezenas de aplicativos e sites para ouvir audiobooks, com opções de todos os estilos e gostos. O site MyBest fez uma lista dos dez melhores apps, sendo alguns deles: Como nem tudo que é bom vem de graça, todos esses apps precisam de uma assinatura premium para se ter acesso à todas as obras, mas fiquem tranquilos que há muitas opções gratuitas além de promoções relâmpagos dos maiores clássicos, como Harry Potter e Percy Jackson.