A inclusão nas campanhas publicitárias de Natal

Por Sofia Wu A publicidade é uma das áreas da Comunicação e volta-se para a difusão criativa de serviços, produtos ou empresas, por meio de mídias digitais e físicas, a fim de suscitar, no telespectador, uma atitude dinâmica e espontânea favorável para a parte interessada. Como, por exemplo, fazer com que aquele passe a consumir os produtos ou serviços de uma determinada marca. No Brasil, os investimentos no meio publicitário atingiram uma soma de R$ 11,2 bilhões, apontados nos três primeiros meses deste ano, de acordo com dados da Kantar Ibope Media divulgados em 2021 pelo Meio&Mensagem. Especialmente, no mês de dezembro, detentor do Natal e do réveillon, que comemora o encerramento de um ciclo de 365 dias ou 366 para anos bissextos, as marcas aproveitam o espírito e clima natalinos para, com a ajuda da publicidade, dar um enfoque maior no compartilhamento de palavras otimistas, positivas e, também, necessárias, que tornam esse período do ano ainda mais encantado e mágico, tocando e emocionando nossos corações nostálgicos. As mensagens passadas são transformadoras e humanizadas, podendo falar sobre temas que remetem ao amor, respeito às diferenças, à tolerância, importância da amizade, esperança, empatia, bondade, solidariedade, autoconfiança, diversidade e representatividade; com a pandemia, à valorização dos momentos, união, confraternização e colaboração com pessoas queridas. Outra temática que, felizmente, vem sendo abordada nas campanhas de Natal é a da Inclusão, pauta bastante relevante, assim como as mencionadas acima, e que deve ser cada vez mais discutida. O Boticário, Erste Group, Renner, Bradesco, Sicoob e Canon são algumas marcas que já retrataram a inclusão em seus filmes natalinos. No entanto, se pesquisarmos no Google, ainda notamos uma quantidade não muito grande de resultados correspondentes à peças em questão, quando, em fevereiro de 2020, no Brasil, foram registradas 17.505 marcas, segundo dados do Boletim Mensal de Propriedade Industrial de 2020 divulgados pelo Governo do Brasil. Ademais, gerar a conscientização acerca das pessoas que possuem algum tipo de deficiência, ao retratá-las em peças publicitárias que serão distribuídas em grande massa, é uma maneira de dar voz e visibilidade à comunidade em questão e fazer com que seus membros sintam-se representados, identificados e inseridos na sociedade brasileira. Para os próximos anos, vamos desejar e torcer para que o tema da inclusão seja ainda mais disseminado por aí. E, sendo as épocas nas quais tendemos a estar mais sensíveis, inspirados e abertos à reflexão e ao autoconhecimento, o Natal e o fim de ano, por que não? Um Feliz Natal a todos! Referências • Wikipédia, a enciclopédia livre. Publicidade. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Publicidade. Acesso em: 14 dez. 2021. • PATEL, Neil. Publicidade: Conceito, Tipos e A Importância Nos Negócios. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/publicidade/. Acesso em: 14 dez. 2021. • SACCHITIELLO, Bárbara. Investimento em publicidade soma R$ 11,2 bilhões no trimestre. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2021/05/07/investimento-em-publicidade-soma-r-112-bi-no-trimestre.html. Acesso em: 14 dez. 2021. • SACCHITIELLO, Bárbara. A magia do Natal pelo olhar das campanhas publicitárias. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2018/12/17/a-magia-do-natal-pelo-olhar-das-campanhas-publicitarias.html. Acesso em: 14 dez. 2021. • PONTOS, 2. A responsabilidade da publicidade para um Natal mais inclusivo. Disponível em: https://2pontos.com.br/estrategia/2019/03/11/a-responsabilidade-da-publicidade-para-um-natal-mais-inclusivo/. Acesso em: 14 dez. 2021. • BRASIL, Governo do. Boletim Mensal de Propriedade Industrial: Estatísticas Preliminares. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/central-de-conteudo/estatisticas-e-estudos-economicos/arquivos/publicacoes/boletim-mensal-de-propriedade-industrial_mar_2020.pdf. Acesso em: 14 dez. 2021.

A influência da representatividade na cultura pop

Por Pietra Inoue A cultura pop é muito consumida, principalmente pelo público jovem, e ela é responsável por ajudar a formar opiniões e ideais acerca de diversos assuntos, uma vez que consumir essa cultura quando se está crescendo influencia sua forma de pensar e ver o mundo.  Sendo a cultura pop de grande impacto na formação de mente e opinião das novas gerações, é muito importante estar sempre incluindo pautas relevantes nessas obras, e com isso entramos no assunto da representatividade. Ao incluirmos de forma natural alguns assuntos que são imprescindíveis de serem debatidos, nós induzimos o público desses filmes, livros, séries e músicas a se aprofundarem e procurarem saber mais sobre tais assuntos. Pautas como racismo, lgbtfobia e capacitismo são as mais abordadas atualmente, e podemos ver com clareza o crescimento das comunidades afetadas na cultura pop  Cada vez mais podemos ver protagonistas de histórias de diferentes raças, culturas, sexualidades, identidades de gênero, portando diversas doenças e transtornos, e esse lugar que esses personagens ocupam são de extrema importância, porque não só representam um grupo de pessoas que, por vezes, se sente deslocado da sua realidade, como também mostram  a essas pessoas o valor delas. Crescer consumindo produtos que abrangem todos os tipos de pessoa também molda o caráter, exercitando a tolerância, a empatia e a curiosidade de conhecer cada vez mais o mundo em que vivemos e a diversidade presente nele.  Com o aumento do debate sobre esses assuntos e as consequências da intolerância contra eles, temos visto cada vez mais essas comunidades representadas em filmes, livros, séries e músicas, e com tanta representatividade, temos a chance de criar uma sociedade cada vez mais agradável, cada vez mais tolerante a cada geração que surgir, e é assim que transformaremos o mundo em um lugar com mais amor e empatia, e menos ódio.

Eternos: a primeira heroína surda da Marvel

Por Maria Clara Lopes O mais recente filme da Marvel, Eternos, estreou nos cinemas em novembro de 2021, e narra a história de seres imortais da antiguidade que precisam enfrentar um dos seus maiores inimigos, os Deviantes, que, curiosamente, possuem as mesmas origens, ou seja, ambas as raças possuem os mesmos criadores.  O filme chamou a atenção dos críticos de cinema por várias razões, mas a principal delas é por conta da personagem Makkari, a primeira heroína surda da Marvel a ir para os cinemas. Trata-se de uma personagem que teve origem em outro planeta, que foi interpretado pela atriz Lauren Ridloff, e que tem como missão proteger os humanos dos Deviantes.  De acordo com um estudo realizado pela Preply, um aplicativo de aprendizado de idiomas, revelou que o número de pesquisas em relação à língua de sinais teve um aumento significativo após o lançamento do filme. A atriz, que nasceu surda, revelou em seu twitter a sua satisfação pelo interesse das pessoas pela questão da acessibilidade: “This is great. Do learn sign language from Deaf/HoH teachers/content creators Eternals  leads to rise in people wanting to learn sign language”. O filme, que já é sucesso de bilheteria, se tornou um dos maiores filmes em questão de representatividade e por abordar a questão da inclusão, não só por ter a primeira heroína surda, mas, também, por mostrar o primeiro beijo entre um casal LGBT.  O elenco do filme conta com grandes nomes como Gemma Shan, Angelina Jolie, Richard Madden, Brian Tyree Henry e, até mesmo, o cantor e compositor Harry Styles está envolvido na produção. O filme ainda está em cartaz nos cinemas, mas logo estará disponível na plataforma de streaming Disney Plus.