#PraCegoVer Audiodescrição resumida: Ilustração vetorizada de fundo branco. Na imagem há dois homens, um de frente para o outro. Da esquerda para a direita: há o desenho de um homem com a boca semiaberta. Em frente a boca, localizam-se nove linhas curvilíneas aumentando em ordem crescente. À direita, um homem com a boca fechada. No interior de sua cabeça há o desenho de uma orelha em contorno branco ocupando todo o espaço.

Por Monique Cremm

Todas as imagens desse artigo possuem texto alternativo com a audiodescrição resumida (#pracegover).

Muitos ouvintes não sabem qual é a maneira que devem se referir a uma pessoa com deficiência auditiva, têm receio de chamar de surdo e, ao mesmo tempo, há outros que chamam de surdo-mudo sem exitar. E afinal, qual é a maneira correta? A resposta não é única e depende do estilo de vida da pessoa com deficiência e quais foram as alternativas escolhidas desde a infância que influenciaram no seu modo de vida.

Além da medicina, “pessoa com deficiência auditiva” é o termo usado para se referir às pessoas que nasceram sem escutar ou que, ao longo da vida, perderam a audição e ao invés de aprender a libras, recorreram ao implante coclear ou a oralização. Ou seja, desde a primeira infância, é feita a busca por recursos para que a comunicação seja na mesma língua dos ouvintes; no caso do Brasil, o português. Sendo assim,  as famílias recorrem a cirurgia para a colocação do implante, mas não são todos os casos com êxito e como o acompanhamento junto ao fonoaudiólogo é uma das primeiras recomendações feitas, dá-se início a aprendizado da leitura labial e a oralização idêntica ou muito parecida a do português. Vale ressaltar que esse não é o único modo que os fonoaudiólogos agem e que a escolha de como será feito o processo é do paciente ou responsáveis.

Já o termo “surdo” é restrito para as pessoas com deficiência auditiva, mas que convivem com a comunidade surda, ou seja, há uma cultura própria com costumes, atos, pensamentos e língua própria. No caso do Brasil, essa língua é a libras (língua brasileira de sinais), que é caracteristicamente espaço-visual e como o português, não é universal. Em geral, as línguas possuem diferenças regionais, entre grupos dentro da comunidade e muda constantemente; são circunstâncias independente de ser oral ou de sinais, pois as duas são línguas naturais.

E para qual grupo o “surdo-mudo” se destina? A história dos surdos e pessoas com deficiência auditiva é permeada por preconceitos e enganos sociais, que possuem marcas até hoje. Um desses enganos foi a respeito da limitação. Ela é apenas auditiva, pode ser identificado pela comunicação dos deficientes auditivos, que tiveram a dedicação em suas vidas para aprenderem a oralizar as palavras como os ouvintes. Além disso, os surdos possuem diversos sinais em libras, que envolvem sons como “liquidificador” e “manteiga”. Eles apresentam dificuldade causada pela falta de audição, mas toda parte do corpo que pronunciam palavras, como a boca, a língua, a laringe, a glote, a traqueia, que formam juntos o aparelho fonador,  estão intactos e com potencial.

O contato entre pessoas com deficiência e sem deficiência tem crescido no Brasil, é comum ter dúvidas a respeito, querer saber como se relacionar, respeitar os limites de cada. Essas palavras são apenas pequenos detalhes que as pessoas com deficiência auditiva e surdos possuem em suas vidas e identidades. Ainda temos muito a aprender a respeito, mas esperamos ter ajudado. Ficou com alguma dúvida ou gostaria de sugerir algo? Deixe-nos seu comentário e aproveite para conhecer melhor o nosso blog. 

6 thoughts on “Nem toda pessoa com deficiência auditiva é surda”
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