Por Anna Caliari
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Hoje, 24 de Abril, é o dia nacional da Língua Brasileira de Sinais, então, nada mais justo do que conhecer um pouquinho sobre sua história, né?
Vamos lá!
Embora a comunicação por meio de gestos exista desde a pré-história, logo foi deixada de lado pela oralidade, pois precisávamos das mãos para articular ferramentas. E, devido à essa substituição, já no século XV, as pessoas surdas eram consideradas inaptas ao aprendizado e à educação.
O destino dessa história, no Brasil, só começou a mudar a partir do ano de 1857, quando o francês Eduard Huet, surdo desde os doze anos, foi chamado por Dom Pedro II para vir ao Brasil fundar o “Imperial Instituto de Surdos Mudos”, hoje conhecido pelo nome de “Instituto Nacional de Educação de Surdos”, o INES. Mas nem tudo foi um mar de rosas. O preconceito com essa parcela da população era tão grande que, em 1980, após um congresso sobre surdez em Milão, ficou proibido o uso das Libras no mundo inteiro (o idioma mundial é o gestuno).
A luta pelo direito de comunicação para todos não parou e, em 1993, inciou-se a tentativa de incluir uma lei para regulamentar as Libras no Brasil, porém, essa lei foi aprovada apenas em 2002, reconhecendo a Língua Brasileira de Sinais como uma língua oficial do Brasil.
E, ah! As vitórias para a comunidade surda não pararam por aí. Veja, abaixo, uma linha do tempo das conquistas das Libras no Brasil:


Acessibilidade faz e sempre fará parte da comunicação, e não podemos nos esquecer disso! Portanto, lutar por um Brasil inclusivo é um direito e um dever de todo cidadão.